sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tudo novo!!!! Vida nova!!!!


Esse jovem macho, com menos de 1 ano de idade e temporariamente chamado de Toquinho, já conhece a palavra sofrimento. Ele foi visto pela primeira vez pela protetora Alexandra, na granja de amigos. Seu pêlo estava muito sujo, completamente embolado e cheio de nós. Seu rabo tinha três 'massas' de carne que, à primeira vista, não conseguimos identificar e que exalava um forte mau cheiro. Ele não permitia que lhe tocassem o rabo pois sentia muita dor. Gemia e chorava muito. Estava assim, em sofrimento, havia 3 meses...

Na quarta passada, Alexandra deixou-o no petshop próximo de sua casa recomendando banho e tosa, afim de remover toda a sujeira e a infinidade de nós em sua pelagem, adquiridos nos tempos em que viveu no completo abandono.

No mesmo dia 'reboquei-o' para o vet, que após a consulta, imediatamente partiu com o nosso amiguinho para a sala de cirurgia para começar os preparativos da caudectomia (amputação da cauda) pois aquelas 'massas' não-identificadas eram simplesmente 3 tumores que já tinham necrosado parte de seu rabinho.

A cirurgia foi um sucesso e o nosso amiguinho está se recuperando bravamente. Também apresentou um quadro de sarna que já está sendo tratado. Está em uso de antibiótico (kinolox), anti-inflamatório (ketaflex), ivermectina e shampoo medicamentoso.


Segundo o vet, acredita-se que esse cãozinho seja da raça shitzu ou lhasa-apso, porém como estava totalmente descaracterizado por seu pêlo ter sido totalmente cortado, não pudemos ter a certeza. Infelizmente não tenho fotos dele antes da tosa pois só passei a ter contato com ele no momento em que fui buscá-lo no petshop, já tosado, para levá-lo ao vet.

Hoje recebeu alta da clínica e foi direto para o seu novo lar. Michele, sua nova dona que vai chamá-lo de Cadu, continuará fazendo em casa o tratamento de pele deste focinho, torcendo para que uma nova pelagem cresça logo, bonita e saudável para que possamos ver a sua nova 'estampa' e comemorarmos sua nova e feliz vida...

Vamos aguardar pra ver como esse mocinho vai ficar bonito e saudável e nos dar, mais uma vez, a certeza de que sempre vale a pena empenhar todos os esforços e esperanças para recuperar essas criaturinhas tão especiais, esses amiguinhos tão dedicados e verdadeiros...

Graças à Deus, Toquinho começou bem o ano ganhando muitas coisas... Cauda nova, novo pêlo, novo nome e casa nova... Tudo novo!!!!
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Agradeço imensamente àqueles que nos visitam e peço que nos ajudem divulgando nosso trabalho e conscientizando pessoas no sentido de valorizar e respeitar a vida em todas as sua formas de expressão, dispensando-lhes os cuidados básicos de alimentação, higiene e assistência veterinária, NÃO OS ABANDONANDO por estarem doentes ou velhinhos, CASTRANDO-OS, afim de evitar crias indesejadas, ou seja, praticando a POSSE RESPONSÁVEL!!!!

Paz e luz, sempre!!!!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Adotar um bicho, é o bicho!!!!!

Esses mimosos filhotes estão disponíveis para adoção. São 2 machinhos e 1 fêmea, Didu, Tambiá e Elô, pois Pitomba já foi adotada (Êba!!!). Todos com a mesma história triste de sempre: abandono e descaso...

Para se ter uma idéia,
"Tambiá encontrava-se abandonado no subsolo do shopping, passando dias de fome, sede e desespero, se esquivando dos carros, quando não se abrigava embaixo deles e só saia quando davam partida, pois acabava se queimando...", conta a protetora que fez o resgate.

Foram muito bem tratados e agora estão prontos pra seguirem em frente...

Precisam de alguém que os acolha e dêem a eles a chance de fazerem parte de uma família, de serem cuidados, amados e respeitados. Dê a você também a chance de ter um amigo leal e devotado...

Você pode ver mais acessando: http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=1339678809689250726&aid=1204269925

Ter um animalzinho é sempre muito bom... o convívio com essas criaturinhas nos renova e nos alegra, mas adotar é um ato de generosidade e de gentileza com a natureza...


Adote sempre... o universo agradece...

Contato: Juliana Renkert
E-mail: jujubinha_fm@hotmail.com

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

MEL II

22.DEZ.2008

O relato do "anjo":

"Encontrei essa cadelinha próximo à minha casa no Bessa, estava vagando pela orla à procura de comida. No primeiro momento, pedi que meu esposo parasse o carro pra resgatá-la e levá-la a um lar temporário, porém, quando cheguei mais perto dela, fiquei receosa por achar que, como ela se encontrava, seria uma leishmaniose. Entrei no carro e fui arrasada pro trabalho pelo resgate fracassado. Chegando lá me acabei de chorar, desiludida e angustiada em pensar que nada pude fazer naquele momento.

Passado algumas horas, recebi a ligação de Alice, falando sobre a mesma cadelinha. Ela estava indo para o aeroporto e não tinha como resgatá-la e que desde a segunda-feira ela vagava pelo bairro e que a vizinhança havia feito varias ligações para o Zoonoses solicitando que ela fosse recolhida, sabemos bem pra quê, né?

Foi então que Alice perguntou se eu podia hospedá-la em um hotelzinho, pois não tinha lar temporário. Então às 12horas fui com meu esposo à procura dela. Fomos nos lugares que avistamos e não a encontramos. Fiquei bastante temerosa e disposta a bater no Zoonoses, pois achei por um momento que eles já haviam passado, mas graças à Deus, ela estava num cantinho do mato, comendo ração que alguma alma bondosa havia colocado. Na mesma hora, peguei ela e coloquei no carro e corremos para o veterinário, que a examinou, coletou sangue para o exame da Leishmaniose, pois o mesmo informou que poderia ser, pelas características que ela apresentava.

Depois de terminada a consulta, fomos levá-la a clínica veterinária, de acordo com informações de Helinha, pois até então eu não conhecia nenhuma. Chegamos à clínica, ela foi hospedada, tomando banhos todos os dias, pois o caroço que vemos na foto tem um odor horrível, então pra amenizar, ela está tomando os banhos com shampoo de Clorexidine, tendo aplicação no caroço de Bactrovet, como também está tomando o anti-inflamatório Prednisona. Fizemos na semana passada RAIO-X e ULTRASSONOGRAFIA para saber se o caroço já havia comprometido algum órgão. Ela está se alimentando bem, tomando bastante água. Nesses poucos dias em que está internada já podemos ver a diferença na magreza que se encontrava.

Graças à Deus está dando tudo certo e, segundo os exames, ela poderá fazer a cirurgia para a retirada do caroço e o melhor de tudo: saiu o resultado do exame de sangue e ELA NÃO TEM LEISHMANIOSE!!!!"

Carol Rebouças

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Até o momento já foram feitas muitas despesas com internação e exames. Será preciso também operá-la para a extração do caroço na mama.

Internação por 10 dias com administração de

medicação: R$ 288,00

Exames: ultrassonografia, raio-x e sangue - R$ 271,00


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

MEL – mais uma vítima da mediocridade humana


22.DEZ.2008

O meu relato:

Às vésperas de viajar para o Rio, ao longe, avistei uma criatura, ao lado do meu prédio, desorientada e extremamente faminta, vagando à procura de algo que pudesse diminuir a fome e a fraqueza que lhe devoravam a existência.

Eu estava indo à clínica veterinária para internar a minha cadela que não estava nada bem e parei em frente à ela para ter uma idéia concreta do seu estado. Sua aparência era de total penúria e ao vê-la, tive a impressão de estar diante de um típico quadro de leishmaniose: muito magra, alopecia ao redor dos olhos e unhas bem grandes. Além disso, apresentava um enorme inchaço em uma das mamas. Nesse instante, o porteiro do meu edifício veio me avisar que já haviam chamado o CCZ. Putz!!!! Fiquei mal "praca", pois sabia que com isso ela já tinha a sua sentença de morte decretada, pois não teria sequer uma chance de fazer um exame de sangue para confirmar ou não a provável doença e também pelo fato de saber que eu não poderia sequer levá-la comigo para uma avaliação com o veterinário pois eu já estava com a minha cadela adoentada no carro e não seria prudente expô-la à mais esse risco. Parti, deixando-a pra trás e claro, chorando muito, por pensar no quanto ela estava sofrendo e por quanto tempo mais sofreria... Eu precisava fazer alguma coisa... qualquer coisa que minimizasse o seu sofrimento ou pelo menos uma parte dele...

Liquei pra casa e pedi que minha empregada descesse com ração e água, que segundo ela, foram devoradas em alguns segundos. Pedi também que, antes de ela ir embora ao final do seu expediente, que voltasse lá e fizesse uma "reposição".

No início da noite, ao retornar, a cadelinha não estava mais lá. Corri os olhos pelas imediações mas não havia sinal dela. Pensei: que merda... já vieram buscá-la...

Fiquei amargurada e remoendo o fato de não ter podido fazer nada... Eu queria ter dado a ela a chance de um diagnóstico preciso mas a mediocridade daqueles que a abandonaram e a minha impossibilidade de ajudá-la no momento em que a encontrei, a condenaram irremediavelmente em "primeira instância".

A imagem daquela cadelinha esquálida e desorientada não me saíam da cabeça. Vez por outra eu ia até a janela pra ver se a avistava. Quem sabe ela não teria saído vagando por aí e já estaria de volta... sei lá... Liguei para Juliana, uma amiga protetora e muito experiente, em busca de elucidar algumas dúvidas em relação à leishmaniose.

Por volta da meia-noite, Juliana retornou o meu contato me esclarecendo que, mesmo que todos os indícios apontem para a leishmaniose, existe a possibilidade de não ser a mesma e sim um conjunto de patologias que levam à um falso quadro, sendo mesmo o exame de sangue a maneira mais segura de se chegar a algum diagnóstico.

Meu coração se encheu de esperança e pedi à Deus que ela não tivesse sido levada pelo CCZ e voltasse logo, que um anjo aparecesse e que houvesse tempo para se fazer alguma coisa por ela antes que o "esquadrão da morte" chegasse. De "tempos em tempos" eu ia até a janela pra ver se ela havia voltado. Por sugestão de Juliana, enviei por e-mail um apelo à APAAB, entidade que atua na proteção animal aqui em João Pessoa.

O dia já estava amanhecendo quando comecei a arrumar as malas e terminar os preparativos da viagem, visto que passei a véspera em função de minha cadelinha que adoeceu.

Pela manhã, ao sair em direção ao aeroporto, eu vi que ela havia voltado... Estava deitadinha naquele mesmo lugar em que eu a vi pela primeira vez... Só me restou pedir ao Pai Celestial com todo o meu coração, mais uma vez, que cuidasse dela enviando um anjo para tentar ajudá-la. E assim Ele o fez...